Mas não dá! Eu não consigo! Eu não consigo não olhar pra trás e chorar. Eu não consigo olhar pra frente e vê o sol. É como se você tivesse em alto mar, em um barco, e perdesse seu remo... Então começaria remar, e remar, e remar com as mãos. E parecesse que quanto mais remava, menos se chegava. E no final das contas percebesse que seu esforço estava sendo em vão. Aliás, pra que lado fica a sua casa? Você não saberia responder. Você estaria perdido. Sim, perdido! Perdido em um local, onde só a esperança poderia tentar te aliviar. Mas ela não lhe traria comida, nem algo pra beber. Os dias iriam passar, e você iria cansar, sofrer, sofrer.... É assim que me sinto. Perdida! Como se quanto mais eu tente, menos consiga. E as esperanças em me sustenta fosse sendo apagadas aos poucos da minha mente. E pior não é está perdida, é me sentir perdida em mim mesma. “Porra, cadê eu mesma nessa história? O que eu fiz com a verdadeira eu?“ É isso que eu procuro saber em cada estante que respiro.
(....) Aí hoje acordei decidida fazer diferente... Corri, corri, corri... Corri e gritei todos os palavrões que eu sabia... E corri... Corri mais um pouco. Não sei se cheguei. Não sei se encontrei. Só sei que limpei. Só limpei um pouco, mas limpei. Limpei a alma, sabe? Por dentro. Tirei os restos, tirei as magoas. Tentei tirar a saudade e as lembranças ruins, mas não conseguir. Eu tentei compreender o por quê. E também não conseguir. Mas deixe está, um dia saberei. Porque se ainda há perguntas, é porque ainda há vida. Então, pra que adiantar os passos? Encontrar as perguntas agora? Deixa eu ser feliz, e pronto!
Juliana Dal Farra
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